sábado, 23 de maio de 2009

ESPERAR


Sem sonhar, sem lembrar.
De amar ou o que sonhou
Só sentir quando acordou
A dor do só.
Só acordou.

Não há luz que faça o claro
O sol de por se tornou raro
Nada vive, não há som.
Nem pra ferir qualquer razão.

Há instante de tempo eterno
Entre a pele sofrida e o açoite,
Da dor da vida ao natimorto
Lâmina fina que separa o dia da noite.

Se dia for, anoitecer.
Se noite... Clarear!

Esperar...Esperar...Acontecer!
De olhos abertos caminhar, espiar.
No portão um dia alguém bater
Eu moro aqui, só...Sozinho!

Nas imagens invasoras de mentes,
Meu corpo sentiu lembranças do mar.
Sons e cores de tempos menino
E Eu? A convidei para entrar.

MINHA DAMA



Minha dama caminha no céu
Com os pés suspensos no azul.
E a luz que furta das reais
Seminova lhe faz.
E para nós os mortais, o que restará?
Se o sol não brilhar,
Se não houver o por vir,
Vou iludindo o pensamento,
Guiado por olhos ladinos
E te procurar sorrindo para o meu ser...
E ser seu lugar, porto, destino!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Lembranças



Cavaleiros das manhãs,
Senhores dos 4 cantos,
Passeiam pela sala
A mando de meu sonho.

E digo que a mesa é repleta
É cinza na barra do horizonte...
Pai e mãe com sorrisos sem cor
Servem os olhos grandes fixos no rosto.

Fogueira acesa no canto da mesa, ela tem 16
Rapidez imaginação e encanto, ele não é nenhum santo!
Meia de seda esgarçada, vida cansada enfim!
Exala da boca pesada grave voz...”senhor tenha pena de nós”.

Louco



Teu rosto por traz de uma folhagem eu vi,
Mas não provei que era real.
Passou outro dia por mim e me trouxe perfume,
E eu não há vi na realidade.

As marolas do rio apagaram teu rosto.
Que loucura a minha!
Ter quase nada sem nada ter.
Por isso eu corro, morro...
deito nas calçadas, te sinto, te vejo... quando quero!

Então sorria,
Não faz mal que me chamem de louco,
Louco fico quando atiram pedras no rio e desmancham seus cabelos!!!